Céline Dion condenada a pagar mais de 10 milhões de dólares a antigo agente / Regresso a Las Vegas confirmado

Céline Dion foi esta semana condenada a pagar mais de 10 milhões de dólares a Rob Prinz devido a conflitos relacionados com comissões.

Rob Prinz começou a representar Céline Dion em 1989 e negociou sempre as suas comissões com René Angélil. Após a morte de René, Aldo Giampaolo assumiu o controlo da carreira de Céline Dion e concordou em manter os valores.

No início de 2017, Rob Prinz negociou com a AEG um contrato sem precedentes para Céline Dion, no valor de 489 milhões de dólares ao longo de 10 anos, entre 2017 e 2026, o que dá em média quase 50 milhões de dólares por ano.

Os detalhes do contrato foram agora tornados públicos devido ao processo que Rob Prinz moveu contra Céline Dion, e estes são os números:

• 272 milhões de dólares por 544 concertos em Las Vegas (o que significa que Céline Dion ganha 500.000 dólares por cada atuação)
• 212 milhões de dólares por 198 concertos de turnê (o que significa que o cachet de Céline Dion é de 1.075.000 dólares por concerto)
• 5 milhões pela assinatura do contrato

Em relação à comissão de Rob Prinz e da empresa ICM Partners, para a qual trabalha, o valor é de 1,5% por cada concerto em Las Vegas e no Québec e de 3% no resto do mundo. O acordo estipula que os pagamentos são feitos mensalmente depois dos concertos se realizarem.

Pouco tempo depois do acordo ter sido assinado no início de 2017, Aldo Giampaolo foi despedido por Céline Dion e substituído por David Platel (que em tempos geriu a carreira de Céline em conjunto com René Angélil) e Denis Savage (o diretor das turnês de Céline).

Em agosto de 2017, a advogada de Céline, Jamie Young, disse a Prinz que Céline desejava continuar a te-lo como agente e que queria que ele continuasse a procurar novas oportunidades para a sua cliente, mas explicou que a equipa de Céline sentia que ele já tinha recebido o suficiente no contrato da AEG, e que Céline não lhe iria pagar mais por datas de concertos que ela conseguia facilmente há várias décadas devido ao seu estatuto de super estrela.

Durante quase um ano e meio, Céline pagou as comissões acordadas, mas a meio de 2018, quando ficou claro que Prinz não iria aceitar a redução da sua comissão, Céline despediu-o e parou de lhe pagar.

A seguir, Prinz colocou um processo contra Céline Dion na Comissão do Trabalho da Califórnia e o resultado foi agora conhecido e condena Céline Dion ao pagamento dos valores acordados.

Apesar do trabalho de Prinz se resumir a poucos meses de negociações, Céline Dion terá de lhe pagar ao longo dos 10 anos do contrato.

Céline Dion e os seus advogados já reagiram à decisão e prometem recorrer da sentença. “Com todo respeito pelo trabalho da comissão, entendemos que eles falharam nesta decisão. Eles impuseram um acordo com um empresário com quem ela já não trabalhava há anos, como se um acordo antigo ainda estivesse em vigor. Vamos apelar da decisão e queremos que um júri decida o que é certo”.

Céline Dion acrescentou ainda: “Quando o René estava vivo, era ele que cuidava dos meus negócios e sempre foi justo com todos com quem trabalhava, ensinando-me a fazer o mesmo. Como ele não estava aqui para esse processo, sinto que o Sr. Prinz se aproveitou na sua demanda por dinheiro e de informações confidenciais dos meus contratos. Eu sinto-me traída”.

Pelos termos do contrato, que agora foi tornado público e que já incluiu os concertos que Céline Dion deu em Las Vegas entre 2017 e junho de 2019 e as turnês de verão de 2017 e 2018, Céline Dion voltaria para Las Vegas para dar cerca de 70 concertos por ano e a Courage Tour seria a sua única turnê mundial até 2026. Contudo, devido ao covid-19 e ao adiamento dos concertos, é provável que os termos do contrato sofram alterações.